terça-feira, 22 de maio de 2012

Fetiches


A monotonia pode ditar o fim de um relacionamento, o casal deve manter a chama acesa . A maneira mais eficaz é inovar, não ter medo de experimentar. O casal deve partilhar fetiches e desejos e juntos experimentar um mundo novo de prazer. Deixamos aqui alguns dos fetiches preferidos:

  • Crossdressing ( troca de roupa)


Como o nome indica consiste na troca de roupa pela casal, numa fase mais profunda o casal pode mesmo assimilar gestos e comportamentos do sexo oposto.

  • Spanking ( palmadas)


Consiste em dar palmadas no parceiro, normalmente estas são dadas nas nádegas. As palmadas podem ser dadas com as mãos, chicotes, réguas, …

  • Ponyboy


Nesta fantasia o homem transforma-se num pequeno cavalo, que a mulher domina e monta, o homem deve demonstrar obediência e assimilar comportamentos de animal.

  • Clamp


Consiste na utilização de elásticos e molas que são colocados nos mamilos e nos lábios vaginais, o parceiro deve controlar a intensidade.

  • Trampling


Ideal para quem gosta de ser pisado, seja com os pés descalços ou com saltos altos.

Não tenha medo de experimentar.

Por Kelly Freitas

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Podolatria

Podolatria é um tipo particular de parafilia cujo desejo se concentra nos pés. Em Portugal e no Brasil, um fetichista de pés é normalmente reconhecido pela expressão podólatra. São atos comuns que levam o podólatra a ter excitação e prazer sexual exclusivamente com o ato de ver, tocar com as mãos, lamber, cheirar, beijar ou massagear os pés de outra pessoa, entre muitos outros; muito raramente um fetichista pode ainda ter prazer quando os próprios pés são objeto dessas ações. Quando, porém, o culto aos pés é um elemento erótico da relação, fazendo parte das preliminares de uma relação sexual, por exemplo, é considerado apenas um fetiche.


Fetiche


Exemplo:

O fetichista responde ao pé de uma maneira similar à que outros indivíduos respondem a nádegas ou seios. Mas é de notar que, no caso do podólatra, esse desejo direcionado para uma parte específica do corpo adquire o caráter pronunciado de uma fixação. Alguns podólatras, por causa disso, sentem prazer em ter seus genitais manipulados pelos pés do parceiro até o ponto de atingir o orgasmo e a ejaculação (footjob, em inglês). Este é, provavelmente, o exemplo mais frequente de excitação com o uso dos pés capaz de levar à satisfação completa sem que haja penetração, isto é, sexo genital (talvez por se tratar, também, de fato, de uma forma de masturbação). Outras fórmulas em que uso dos pés por si só acabam por levar ao orgasmo e à ejaculação também existem, todavia, variando de indivíduo para indivíduo.
Como outras parafilias, o fetiche que se concentra nos pés varia enormemente e pode ser altamente especializado. Assim, um fetichista pode ser estimulado por elementos que outro considera repulsivos. Alguns podólatras preferem somente as solas, ou pés com arcos pronunciados, outros, de dedos longos, unhas longas, alguns preferem pés descalços, outros, pés calçados em certos tipos de calçados ou meias, alguns preferem pés muito bem cuidados, outros, sujos, de plantas incrustadas de terra, etc.
Um fetichista de pés pode ser homem ou mulher, embora estime-se que o contingente masculino passe de 70% (Falando de fetiches de maneira geral, a escritora estadunidense Valerie Steele afirma no livro "Fetiche — Moda, Sexo e Poder" que os homens têm fetiches com freqüência duas vezes e meia maior do que elas.) Pesquisadores da Universidade de Bolonha descobriram que entre as preferências sexuais por partes do corpo, pés é a mais popular. O resultado parece corroborar estudo da terapeuta brasileira Deise Gê, feito com 1500 homens, entre 18 e 60 anos, que aponta que pés e sapatos são os principais elementos fetichistas dos brasileiros. Outras práticas sexuais como o sadomasoquismo frequentemente acompanham a atração por pés. Um traço que permite distinguir o podólatra, no entanto, na comparação com o sadomasoquista submisso, é o fato de que o pé, para aquele, reveste-se de um valor estético, que por si só o excita. Há um profundo e ao mesmo tempo evidente potencial de significação sadomasoquista relacionado aos pés. Mas as fantasias que aproveitam esse potencial surgem a partir de uma excitação espontânea que os pés desencadeiam. Os pés não servem de mero instrumento para realização de fantasias de submissão, como acontece nos casos de sadomasoquismo típico. Eles, por si mesmos, desencadeiam a cobiça e o processo de desejo, que passa a orbitar em torno deles. O sadomasoquismo encontra-se presente em segundo plano, provavelmente na origem da formação do desejo podólatra, numa etapa anterior. Outro ato de podolatria é o homem ser pisado pela mulher.

Por Kelly Freitas.


Dominatrix

Dominatrix (do latim "dominatrix", que significa "mulher dominadora" ou "mestra") é uma mulher que exerce o papel "dominadora" em práticas de BDSM*.
Dominatrix profissional

A Dominatrix profissional é a que exerce a profissão de realizar as fantasias de clientes submissos.
Elas podem também ser dominatrix em seu cotidiano, possuindo "escravo pessoal" sem compromisso profissional.
Mas muitas são apenas profissionais, e seguem esse emprego apenas pelo alto-pagamento… sem um real comprometimento com a sub-cultura BDSM*.
Deve-se lembrar que o BDSM* profissional não deve ser considerado prostituição, pois dominatrizes profissionais não estabelecem contatos sexuais com seus clientes.

Dominatrix não-profissional

A Dominatrix não-profissional, exerce a função de dominadora em seu cotidiano, ou seja, tanto dentro quanto fora de um quarto, com um escravo pessoal, que pode ser seu amigo/namorado.

A imagem da Dominatrix

O velho estereótipo de uma dominatrix é muito visto em filmes e clipes musicais.
Geralmente sua imagem é associada à roupas de latex/couro e botas de cano alto… ou lingeries, meias e salto alto.



* BDSM é um acrónimo para a expressão Bondage, Disciplina, Sadismo e Masoquismo um grupo de padrões de comportamento sexual humano. A sigla descreve os maiores subgrupos:

Bondage* e Disciplina (BD) 
Dominação e Submissão (DS)
Sadismo e Masoquismo ou Sadomasoquismo (SM)

* Bondage é um tipo específico de fetiche, geralmente relacionado com sadomasoquismo, onde a principal fonte de prazer consiste em amarrar e imobilizar seu parceiro ou pessoa envolvida. Pode ou não envolver a prática de sexo com penetração.


jovem, sexual, dominatrix, pretas, chicote, dela, mão

MUSICAS PARA O MOMENTO:

Clipes musicais

"Erotica" de Madonna
"Not Myself Tonight" de Christina Aguilera
"Womanizer" de Britney Spears
"Toxic" de Britney Spears
"Venus in Furs" de The Velvet Underground
"Human Nature" de Madonna
"Cool and Unusual Punishment" de NOFX
"S&M Airlines" de NOFX
"Dominated Love Slave" de Green Day
"Computer Blue" de Prince
"Alejandro" de Lady GaGa
"Blood, Sex and Booze" de Green Day
"I Almost Told You That I Loved You" de Papa Roach
"Poison" de Nicole Scherzinger
"S&M" de Rihanna

Por Kelly Freitas

Três xícaras de café ao dia reduzem em 10% mortalidade entre adultos, diz estudo


Pesquisa feita com mais de 400.000 indivíduos mostrou que bebida diminui mortalidade por problemas como doença cardiovascular, diabetes e infecção
Três xícaras da café ao dia pode prolongar vida
Adultos com mais de 50 anos que bebem pelo menos três xícaras de café por dia podem reduzir o risco de morrer em 10% em relação àqueles que não consomem a bebida, revelou um estudo do Instituto Nacional do Câncer (NCI), dos Estados Unidos. A pesquisa foi feita com mais de 400.000 pessoas e os resultados foram publicados nesta quinta-feira na revista médica New England Journal of Medicine (NEJM).

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Association of Coffee Drinking with Total and Cause-Specific Mortality

Onde foi divulgada: revista New England Journal of Medicine

Quem fez: Neal D. Freedman, Yikyung Park, Christian C. Abnet, Albert Hollenbeck e Rashmi Sinha

Instituição: Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos

Dados de amostragem: 229,119 homens e 173,141 mulheres de 50 a 71 anos

Resultado: Beber três xícaras de café ao dia reduz em até 10% risco de morte entre pessoas de 50 a 71 anos em um período de 12 anos. O consumo em excesso da bebida, porém, pode aumentar risco de câncer entre homens.
O trabalho foi feito com base em um questionário aplicado em cerca de 230.000 homens e mais de 170.000 mulheres, que tinham de 50 a 71 anos entre 1995 e 1996, quando o estudo começou. Os participantes foram acompanhados até 31 de dezembro de 2008.

Os resultados demonstraram que as pessoas que consumiram, em média, três xícaras de café por dia, normal ou descafeinado, tiveram menos risco de morrer de doenças cardiovasculares e respiratórias, acidente vascular cerebral (AVC), ferimentos, acidentes, diabetes e infecção do que as pessoas que não ingeriram a bebida. Os cientistas, contudo, notaram um aumento muito sutil no risco de câncer entre os homens que consumiram muito café. Entre as mulheres, ao contrário, não foi constatado um vínculo direto entre o fato de beber café e mortes por câncer.

Essas conclusões foram obtidas após os autores da pesquisa terem levado em conta também outros fatores de mortalidade, como o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.

No entanto, os pesquisadores alertaram para o fato de que não podem afirmar com certeza, em termos científicos, que o consumo do café prolongaria a vida.

"Nós descobrimos que o consumo de café estava ligado a um risco menor de mortalidade em geral, mas o mecanismo pelo qual o café reduziria a mortalidade não está claro porque esta bebida contém mais de mil substâncias diferentes que podem, potencialmente, afetar a saúde",diz Neal Freedman, da divisão de epidemiologia de câncer e genética do Instituto Nacional do Câncer dos EUA e principal autor da pesquisa.

Mesmo assim, o autor afirma que os resultados dão certa garantia ao fato de que a bebida não faz mal à saúde.

(Com agência France-Presse)

Fonte: veja.com

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A Origem de Carmina Burana


MANUSCRITOS NO MOSTEIRO

Carmina Burana significa Canções de Benediktbeuern. Em meio à secularização de 1803, um rolo de pergaminho com cerca de duzentos poemas e canções medievais, foi encontrado na biblioteca da antiga Abadia de Menediktbeuern, na Alta Baviera. Havia poemas dos monges e dos eruditos viajantes em latim medieval; versos no vernáculo do alemão da Alta Idade Média, e pinceladas de frâncico. O erudito de dialetos da Baviera, Johann Andreas Schmeller, editou a coleção em 1847, sob o título de Carmina Burana. Carl Orff, filho de uma antiga família de eruditos e militares de Munique, ainda muito novo familiarizou-se com esse códice de poesia medieval. Ele arranjou alguns dos poemas em um “happening” – as “Cantiones profane contoribus et choris cantandae comitantibus instrumnetis atque imaginibus magics”- de canções seculares para solistas e coros, acompanhados por instrumentos de imagens mágicas. A obra já é vista no sentido do teatro musical de Orff, como um lugar de magia, da busca de cultos e símbolos.
Esta cantata cênica é emoldurada por um símbolo de antigüidade – o conceito da roda-da-fortuna, em movimento perpétuo, trazendo alternadamente sorte e azar. Ela é uma parábola da vida humana, expostas a constantes transformações. Assim sendo, a dedicatória coral à Deusa da Fortuna (“O Fortuna, velut luna”), tanto introduz como conclui as canções seculares. Esse “happening” simbólico sombreado por uma Sorte obscura, divide-se em três seções: o encontro do Homem com a Natureza, particularmente com o despertar da Natureza na primavera (“Veris leta facies”), seu encontro com os dons da Natureza, culminado com o do vinho (“In taberna”); e seu encontro com o Amor (“Amor volat undique”), como espelhado em “Cour d’amours” na velha tradição francesa ou burgúndia – uma forma de serviço cavalheiresco às damas e ao amor. A invocação da Natureza – o objetivo da primeira seção – desemboca em campos verdes onde raparigas estão dançando e as pessoas cantando em vernáculo. As cenas festivas de libação desenrolam-se entre desinibidos monges, para quem um cisne assado parece ser um antegozo do Shangri-la, e entre barulhentos eruditos viajantes que louvam o sentido impetuoso da vida na juventude.
                Após muitos anos de experiência e deliberação, os Carmina Burana resultaram na primeira testemunha válida do estilo de Orff. Eles caracterizam-se por seu ritmo fortemente penetrante, comprimido em grandes ostinatos pelo som mágico da inovadora orquestração, e pela brilhante claridade da harmonia diatônica. Os recursos estilísticos utilizados são de espantosa simplicidade. A forma básica é a canção estrófica com uma melodia diatônica, como é de hábito na música popular. Ao invés da harmonia extensivamente cromática do romantismo tardio, temos melodias claramente definidas, que levam algumas vezes a uma errônea acusação de primitivismo. As canções estróficas reportam-se a formas medievais como a litania, baseada em uma série mais ou menos variada de curvas melódicas, cada uma correspondendo a uma linha de verso, e à forma seqüencial, caracterizada por uma repetição progressiva de várias seqüências de melodias. Os melodismos, particularmente nos recitativos, são reminiscências do cantochão gregoriano. Onde temos passagens líricas, fortemente emocionais, como por exemplo nos dois solos, para soprano sobre textos latinos, e melodias mais ariosas, no sentido operístico. A escritura coral é predominantemente declamatória. Os grupos instrumentais individuais são comprimidos em amplas massas tratadas na forma coral; somente as peculiares madeiras são ouvidas em solo, particularmente nas duas danças em que antigos ritmos e árias alemãs são tratados no estilo peculiar de Orff. A percussão, reforçada por pianos, acentua o élan da partitura.
                A gama expressiva de Carmina Burana estende-se da terna poesia do amor e da natureza, e da elegância burgúndia de uma “Cour d’amours”, ao entusiasmo agressivo (“In taberna”), efervescente joie de vivre (o solo de barítono “Estuans interius”), e à força devastadora do coro da fortuna cercando o todo. O latim medieval da canção dos viajantes eruditos é penetrado pela antiga concepção de que a vida humana está submetida aos caprichos da roda-da-fortuna, e que a Natureza, o Amor, a Beleza, o Vinho e a Exuberância da vida estão à mercê da eterna lei da mutabilidade. O homem é visto sob uma luz dura, não sentimental; como um joguete de forças impenetráveis e misteriosas. Esse ponto-de-vista é plenamente característico da atitude anti-romântica da obra.

O Fortuna

velut luna
statu variabilis,
semper crescis
aut decrescis.
vita detestabilis,
nunc obdurat
et tunc curat;
ludo mentis aciem,
egestatem,
potestatem
dissolvit ut glaciem.

Sors immanis
et inanis,
rota tu volubilis,
status malus,
vana salus
semper dissolubilis,
obumbrata
et velata
michi quoque niteris;
nunc per ludum
dorsum nudum
fero tui sceleris.

Sors salutis
et virtutis
michi nunc contraria,
est affectus
et defectus
semper in angaria.
Hac in hora
sine mora
corde pulsum tangite;
quod per sortem
sternit fortem,
mecum omnes plangite!

Tradução:

Ó Fortuna

és como a Lua
mutável,
sempre aumentas
e diminuis;
a detestável vida
ore escurece
e ora clareia
por brincadeira a mente;
miséria,
poder,
ela os funde como gelo.

Sorte monstruosa
e vazia,
tu – roda volúvel –
és má,
vã é a felicidade
sempre dissolúvel,
nebulosa
e velada
também a min contagias;
agora por brincadeira
o dorso nu
entrego à tua perversidade.

A sorte na saúde
e virtude
agora me é contrária.
e tira
mantendo sempre escravizado.
nesta hora
sem demora
tange a corda vibrante;
porque a sorte
abate o forte,
chorais todos comigo!

Os carmina burana (do latim carmen,ìnis 'canto, cantiga; e bura(m), em latim vulgar 'pano grosseiro de lã', geralmente escura; por metonímia, designa o hábito de frade ou freira feito com esse tecido) são textos poéticos contidos em um importante manuscrito do século XIII, o Codex Latinus Monacensis, encontrados durante a secularização de 1803, no convento de Benediktbeuern - a antiga Bura Sancti Benedicti, fundada por volta de 740 por São Bonifácio, nas proximidades de Bad Tölz, na Alta Baviera. O códex compreende 315 composições poéticas, em 112 folhas de pergaminho, decoradas com miniaturas. Atualmente o manuscrito encontra-se na Biblioteca Nacional de Munique.
Carl Orff, descendente de uma antiga família de eruditos e militares de Munique, teve acesso a esse códex de poesia medieval e arranjou alguns dos poemas em canções seculares para solistas e coro, "acompanhados de instrumentos e imagens mágicas”







terça-feira, 8 de maio de 2012

Rascunhos de uma vida triste


É uma pena,
A vida é tão pequena,
E muitas pessoas não se dão segundas chances,
Nem olham para trás,
Achando que sempre poderão voltar,
E fazer o que quiserem,
Uma pena....
Pois assim,
A tristeza me atormenta,
Porque descobri que meu coração me enganou,
Me traiu,
Me ridicularizou.
Me faz amar quem não me ama,
Me faz perder o sono,
Nem consigo ficar na cama.
Uma pena....
Viver chorando por algo que nunca me deu valor,
Tive por você,
Um enorme labor.
Meu amor...
Porque me deixou.....

Biografia de Charles Baudelaire


Charles Baudelaire (1821-1867)
Charles Baudelaire (1821-1867)

Poeta francês. Famoso por suas Flores do mal, influenciou toda a poesia simbolista mundial e lançou as bases da poesia moderna.
Baudelaire marcou com sua presença as últimas décadas do século XIX, influenciando a poesia internacional de tendência simbolista. De sua maneira de ser originaram-se na França os poetas "malditos". De sua obra derivaram os procedimentos anticonvencionais de Rimbaud e Lautréamont, a musicalidade de Verlaine, o intelectualismo de Mallarmé, a ironia coloquial de Corbière e Laforgue.
Poeta e crítico francês, Charles-Pierre Baudelaire nasceu em Paris em 9 de abril de 1821. Desavenças com o padrasto forçaram-no a interromper seus estudos, iniciados em Lyon, para uma viagem à Índia, que interrompeu nas ilhas Maurício. Ao regressar, dissipou seus bens nos meios boêmios de Paris, onde conheceu a atriz Jeanne Duval, uma de suas musas. Outras seriam, depois, Mme. Sabatier e a atriz Marie Daubrun. Endividado, foi submetido a conselho judiciário pela família, que nomeou um tutor para controlar seus gastos. Baudelaire permaneceu sempre em conflito com esse tutor, Ancelle.
Acontecimento capital na vida do poeta é o processo a que foi submetido em 1857, ao publicar Les Fleurs du mal (As flores do mal). Além de condená-lo a uma multa por ultraje à moral e aos bons costumes, a justiça obrigou-o a retirar do volume seis poemas. Só a partir de 1911 apareceram edições completas da obra.
Mal compreendida por seus contemporâneos, apesar de elogiada por Victor Hugo, Teóphile Gautier, Gustave Flaubert e Théodore de Banville, a poesia de Baudelaire está marcada pela contradição. Revela, de um lado, o herdeiro do romantismo negro de Edgar Allan Poe e Gérard de Nerval, e de outro o poeta crítico que se opôs aos excessos sentimentais e retóricos do romantismo francês.
Uma nova estratégia da linguagem - Quase toda a crítica moderna concorda que Baudelaire inventou uma nova estratégia da linguagem. Erich Auerbach observou que sua poesia foi a primeira a incorporar a matéria da realidade grotesca à linguagem sublimada do romantismo. Nesse sentido Baudelaire criou a poesia moderna, concedendo a toda realidade o direito de ser submetida ao tratamento poético.
A atividade de Baudelaire se dividiu entre a poesia, a crítica literária e de arte e a tradução. Seu maior título são Les Fleurs du mal, cujos poemas mais antigos datam de 1841. Além da celeuma judicial, o livro despertou hostilidades na imprensa e foi julgado por muitos como um subproduto degenerado do romantismo.
Tanto Les Fleurs du mal como os Petits poèmes en prose (1868; Pequenos poemas em prosa), depois intitulados Le Spleen de Paris (1869) e publicados em revistas desde 1861, introduziram elementos novos na linguagem poética, fundindo o grotesco ao sublime e explorando as secretas analogias do universo. Para fixar a nova forma do poema em prosa, Baudelaire usou como modelo uma obra de Aloïsius Bertrand, Gaspard de la nuit (1842; Gaspar da noite), se bem tenha ampliado em muito suas possibilidades.
Crítica de arte e traduções - Baudelaire destacou-se desde cedo como crítico de arte. O Salon de 1845 (Salão de 1845) e o Salon de 1846 (Salão de 1846) datam do início de sua carreira. Seus escritos posteriores foram reunidos em dois volumes póstumos, com os títulos de L'Art romantique (1868; A arte romântica) e Curiosités esthétiques (1868; Curiosidades estéticas). Revelam a preocupação de Baudelaire de procurar uma razão determinante para a obra de arte e fundamentam assim um ideário estético coerente, embora fragmentário, e aberto às novas concepções.
Extensão da atividade crítica e criadora de Baudelaire foram suas traduções de Edgar Allan Poe. Dos ensaios críticos de Poe, sobretudo "The Poetic Principle" (1876; "O princípio poético"), Baudelaire tirou as diretrizes básicas de sua poética, voltada contra os excessos retóricos: a exclusão da poesia dos elementos de cunho narrativo; e a relação entre a intensidade e a brevidade das composições.
Ainda um outro Baudelaire é o revelado em suas obras especulativas e confessionais. É o caso de Les Paradis artificiels, opium et haschisch (1860; Os paraísos artificiais, ópio e haxixe), especulações sobre as plantas alucinógenas, parcialmente inspiradas nas Confessions of an English Opium-Eater (1822; Confissões de um comedor de ópio) de Thomas De Quincey; e de Journaux intimes (1909; Diários íntimos) -- que contém "Fusées" (notas escritas por volta de 1851) e "Mon coeur mis a nu" ("Meu coração desnudo") --, cuja primeira edição completa foi publicada em 1909. Tais escritos são o testamento espiritual do poeta, confissões íntimas e reflexões sobre assuntos diversos.
Quer pelo interesse inerente a sua grande poesia, quer pelos vislumbres que essas confissões propiciam, Baudelaire se destaca entre os poetas franceses mais estudados por ensaístas e críticos. Jean-Paul Sartre situou-o como protótipo de uma escolha existencial que teria repercussões no século XX, enquanto a crítica centrada nas relações históricas, como a de Walter Benjamin, dedicou-se a examinar sua consciência secreta de uma relação impossível com o mundo social.
Após uma existência das mais atribuladas, Baudelaire morreu de paralisia geral em Paris em 31 de agosto de 1867, quando mal começava a ser reconhecida sua influência duradoura sobre a evolução da poesia.

Fonte: Encyclopaedia Britannica do Brasil


As Metamorfoses Do Vampiro





E no entanto a mulher, com lábios de framboesa
Coleando qual serpente ao pé da lenha acesa,
E o seio a comprimir sob o aço do espartilho,
Dizia, a voz imersa em bálsamo e tomilho:
- "A boca úmida eu tenho e trago em mim a ciência 
De no fundo de um leito afogar a consciência.
As lágrimas eu seco em meios seios triunfantes,
E os velhos faço rir com o riso dos infantes.
Sou como, a quem me vê sem véus a imagem nua,
As estrelas, o sol, o firmamento e a lua!
Tão douta na volúpia eu sou, queridos sábios,
Quando um homem sufoco à borda de meus lábios,
Ou quando os seio oferto ao dente que o mordisca,
Ingênua ou libertina, apática ou arisca,
Que sobre tais coxins macios e envolventes
Perder-se-iam por mim os anjos impotentes!"
Quando após me sugar dos ossos a medula,
Para ela me voltei já lânguido e sem gula
À procura de um beijo, uma outra eu vi então
Em cujo ventre o pus se unia à podridão!
Os dois olhos fechei em trêmula agonia,
E ao reabri-los depois, à plena luz do dia,
Ao meu lado, em lugar do manequim altivo,
No qual julguei ter visto a cor do sangue vivo,
Pendiam do esqueleto uns farrapos poeirentos,
Cujo grito lembrava a voz dos cata-ventos
Ou de uma tabuleta à ponta de uma lança,
Que nas noites de inverno ao vento se balança.

Charles Baudelaire

O Vinho dos Amantes


Hoje o espaço é de luzes cheio!
Sem esporas, rédeas e freio,
Vamos a cavalo a um destino
Que o vinho torna um céu divino!
Como dois anjos que tortura
Uma implacável calentura,
No cristal azul da paisagem
Sigamos a longe miragem!
Molemente presos num elo
Dum turbilhão orientado;
Num pesadelo paralelo,
Minha irmã, junto a mim, a nado,
Fugiremos sempre risonhos
Ao paraíso dos meus sonhos!


Poesia de Charles Baudelaire


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Diga não ao preconceito...



Para meu grande amor...


Quero você bem juntinho,
Sentir seu cheirinho.
Quero você sempre ao meu lado,
Agarradinho,
Te dando e recebendo carinho.
Te enchendo de beijinho.
Te fazendo rir de coisas simples.
Te olhar nos olhos e dizer,
Que só quero você.
Quero acordar do seu lado todos dias,
Sentindo o calor de seu corpo,
Me enchendo de alegria.
Na nossa juventude e na velhice,
Quero estar com você.
Te ajudando a compreender,
Que eu amo,
Somente você..

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Lacrimosa - Der Morgen danach (legendado)


LACRIMOSA (BANDA)


Lacrimosa é uma duo musical que mescla gothic metal, darkwave e metal sinfônico. Idealizada na Alemanha por Tilo Wolff em 1989, lançou sua demo tape Clamor em 1990, e em 1993 passou a contar com a presença da finlandesa Anne Nurmi, depois de sua participação nos teclados na turnê promocional do álbum Satura.
Seu estilo combina ramificações do metal com a música clássica, pela utilização de instrumentos eruditos como piano e formações orquestrais. A banda possui influências tanto de darkwave (primeiros três álbuns), quanto de Heavy Metal (Sapphire, do álbum Lichtgestalt e Liebesspiel, do álbum Fassade, entre outras), Progressive Metal (Deine Nähe, do álbum Stille) e, segundo muitos, até de Tango (Malina e Eine Nacht in Ewigkeit, ambas do álbum Echos). Em entrevista ao site Whiplash em 2004, Tilo Wolff afirmou: "O Lacrimosa é a inspiração de sentimentos, sem ter vínculo com estilos musicais. De fato a imagem e fotos podem sugerir que somos góticos, mas nem sempre exploramos esse estilo a fundo. É algo mais profundo. Mas não me importo com isso."[1]
Quase todas as letras de suas canções são escritas em alemão, mas a partir do álbum Inferno também há letras em inglês (Copycat e Not Every Pain Hurts, entre outras) e em finlandês (Vankina e trechos de Schakal), além de uma versão de Durch Nacht und Flut parcialmente em espanhol, no álbum ao vivo Lichtjahre.
A autoria das letras é de Tilo Wolff, exceto por Hohelied Der Liebe, do álbum Lichtgestalt (2005), cuja letra foi retirada da Bíblia Sagrada (Primeira Carta de Paulo aos Coríntios, capítulo 13).
Os principais temas abordados por Lacrimosa são a solidão, tristeza e amor.
A banda já se apresentou três vezes no Brasil (28 de Julho de 2004 - Olympia, 4 de Outubro de 2007 - CredicardHall e 21 de Setembro de 2010 - Carioca Club, todos em São Paulo) e duas vezes em Portugal (20 de Outubro de 2001 - Teatro Sá da Bandeira e 14 de Maio de 2005 - Hard Club, ambos no Porto).[2]


Tilo Wolff , em concerto.
Em 2008, um site mexicano publicou que Tilo Wolff teria morrido em um acidente aéreo nas proximidades de Hannover. A publicação foi desmentida pela gravadora, que afirmou que o músico estava na Suíça, trabalhando nas gravações do novo álbum da banda.[3]
O penúltimo álbum da banda, Sehnsucht, teve seu lançamento dia 8 de Maio de 2009, depois de 4 anos sem nenhum novo álbum de estúdio. Em 2010, Lacrimosa lançou Schattenspiel (jogo de sombras em alemão), um álbum duplo comemorativo dos vinte anos de carreira da banda. Nele encontram-se canções que não foram utilizadas em trabalhos anteriores, versões alternativas para canções já gravadas e duas músicas inéditas: Sellador e Ohne dich ist alles nichts. O que difere este dos outros álbuns é a fusão do eletrogótico com o metal, o que gerou uma suave e ao mesmo tempo impactante atmosfera darkwave.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Hoje



Preciso cismar com minha nau,
Resgatar minha coragem,
Esvaecer do passado,
Para o presente viver.
Não quero ser mártir,
Não quero ser carrasco,
Quero apenas ser,
Aquela que vive o presente,
Esvaecendo do passado,
Para um futuro prosperar.

Kelly Cristina de Freitas.
Boa Esperança – MG – 19/08/2000.

Felicidade



Felicidade onde estás?
Procuro-te, mas não a encontro,
Em meio deserto irei ao seu encontro,
Ditosa e com olhar de esperança,
Espero te encontrar em algum lugar.
Seu primor me fascina,
Faz-me acreditar que, em algum lugar te encontrarei.

Kelly Cristina de Freitas.
Boa Esperança – MG – 19/08/2000.

Alma Gêmea



Ermo me sentia antes de encontrar-te,
Cismar sobre o mar,
A história de minha vida,
Sucumbir com meu passado,
Renascer uma nova mulher,
Assim me sentia, antes de você.
E assim estou me sentindo,
Ditosa com todo primor,
Que me faz sentir,
Seu jeito moleque me encanta,
Faz-me perceber que ainda sou jovem,
Que tenho um mundo a conquistar.
E você chegou de mancinho, preenchendo minha vida,
A sua existência a minha justifica,
Você me faz bem, me faz sorrir,
Você é minha alma gêmea.

Kelly Cristina de Freitas.
Boa Esperança – MG – 17/08/2000.